O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro está finalizando os preparativos para lançar um novo concurso para técnicos e analistas judiciários.
Em entrevista, o secretário-geral de Gestão de Pessoas, Gabriel Albuquerque Pinto, apresentou prazos, projeções de nomeações e novidades do edital.
As tratativas com a Fundação Getulio Vargas (FGV), definida como banca organizadora, estão avançadas. O foco atual é a definição do conteúdo programático. A expectativa é concluir os trâmites administrativos ainda este mês para que o edital seja publicado no início de outubro.
Cronograma e formato das provas
A previsão é que as provas ocorram em janeiro de 2026, com aplicação no fim da primeira quinzena. Haverá provas objetivas para técnicos (nível médio) e analistas (nível superior); para analista, também está prevista prova discursiva. As avaliações serão em turnos diferentes, permitindo que quem atender aos requisitos possa concorrer aos dois cargos.
Não são esperadas mudanças profundas nas disciplinas, mas haverá atualização de leis e normas. O último edital segue sendo uma boa referência de estudo.
Locais de aplicação
As provas serão realizadas em Angra dos Reis, Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaperuna, Niterói, Nova Friburgo, Petrópolis, Rio de Janeiro, Teresópolis e Volta Redonda. Pela primeira vez, também deve haver aplicação fora do Estado do Rio de Janeiro, com locais em São Paulo e Minas Gerais, muito provavelmente São Paulo (capital), Belo Horizonte e Juiz de Fora.
Concurso regionalizado
O concurso será regionalizado: na inscrição, o candidato deverá escolher um dos 11 Núcleos Regionais da Corregedoria (NURs). A administração pretende alocar servidores próximos de suas residências, o que favorece assiduidade e satisfação. Núcleos como a capital e a 4ª Região costumam atrair mais inscritos e, por isso, tendem a ter notas de corte mais elevadas que em áreas do interior.
Vagas e cadastro de reserva
A seleção formará cadastro de reserva, com chamadas ao longo da validade do concurso.
Nível médio
- técnico de atividade judiciária, sem especialidade.
Nível superior
- analista judiciário, sem especialidade, do grupo nível superior;
- analista judiciário especialidade contador, do grupo Gestão;
- analista judiciário especialidade Execução de Mandados, do grupo Judicial;
- analista judiciário especialidade psicólogo, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade assistente social, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade comissário de Justiça da Infância, da Juventude e do Idoso, do grupo Judicial;
- analista judiciário especialidade médico, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade médico psiquiatra, do grupo Assistencial;
- analista judiciário especialidade analista de negócios, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de infraestrutura de TIC, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de sistemas, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de projetos, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de gestão de TIC, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de inteligência artificial, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de segurança da informação, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade cientista de dados, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade arquitetos de dados, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade engenheiro de dados, do grupo Tecnologia da Informação;
- analista judiciário especialidade analista de dados sênior, do grupo Tecnologia da Informação.
Nomeações previstas
Mesmo sendo para cadastro de reserva, a projeção é de mais de mil nomeações, condicionadas à implementação de um Programa de Incentivo à Aposentadoria (PIA) em 2026 e às aposentadorias regulares já esperadas (cerca de 30 por mês). A saída de servidores no fim da carreira tende a abrir espaço orçamentário para convocações.
Homologação e convocações
A homologação é estimada para o primeiro semestre de 2026, aproximadamente em maio. As chamadas devem começar em seguida, de forma escalonada, em turmas na faixa de 250 a 350 pessoas ao longo do ano, conforme capacidade operacional. Historicamente, técnico e analista sem especialidade costumam concentrar mais convocações, seguidos por oficial de justiça, serviço social e psicologia.
Formação exigida
Pode haver aceitação de diplomas de tecnólogo em áreas específicas de Tecnologia da Informação, conforme matriz de competências a ser definida. Nas demais especialidades, a exigência tende a permanecer com formações específicas, como Direito, Administração, Contabilidade, Psicologia, Serviço Social e Medicina.
Remuneração e benefícios
Para técnico judiciário (nível médio), a remuneração inicial é de R$ 5.685,54, composta por vencimento básico, Gratificação de Atividades Judiciárias (GAJ) e Adicional de Padrão Judiciário (APJ). Para analista judiciário (nível superior), o inicial é de R$ 9.363,84, com as mesmas parcelas. Na especialidade Execução de Mandados, há também verba indenizatória de R$ 3.242,58 referente à gratificação de locomoção.
Entre os benefícios, destacam-se auxílio-alimentação na faixa de R$ 3 mil, auxílio-transporte, auxílio-educação para até três filhos e plano de saúde de abrangência nacional. Está em estudo a redução do interstício de progressão e promoção de 18 para 12 meses. Para evolução na carreira, contam tempo de serviço e horas de capacitação.
Teletrabalho
O trabalho remoto é regulamentado e depende das características da unidade e da avaliação da chefia. A regra é o regime presencial, mas podem ser autorizados formatos híbridos e, em casos específicos, remoto integral.
Dicas de preparação
É recomendável iniciar os estudos com antecedência, priorizando a resolução de muitas questões da banca e a atualização legislativa. Constância, análise dos erros e tranquilidade no dia da prova foram enfatizadas pelo secretário.